Medidas incluem cortes temporários de impostos, fortalecimento do agronegócio, estímulos logísticos e expansão do estoque regulador.
O governo federal apresentou nesta semana um conjunto robusto de medidas voltadas para reduzir o preço dos alimentos e conter a inflação no país. O pacote, anunciado pelos Ministérios da Fazenda e da Agricultura, busca equilibrar a oferta de produtos essenciais, aliviar o impacto no bolso dos consumidores e proporcionar maior estabilidade ao setor produtivo.
Corte de impostos e incentivo à produção
A primeira etapa do pacote inclui uma redução temporária de impostos sobre itens fundamentais, como arroz, feijão, óleo e carne. O governo informou que a medida será aplicada por tempo limitado, até que os preços voltem a níveis considerados adequados.
Além disso, produtores rurais terão acesso a novas linhas de crédito com juros mais baixos, facilitando o plantio e a expansão da produção em regiões estratégicas.
Reforço no estoque regulador
Outra ação importante é o fortalecimento do estoque regulador, mecanismo utilizado para estabilizar preços em períodos de escassez. O governo planeja aumentar a quantidade de grãos armazenados, especialmente milho, arroz e trigo, produtos cuja variação de preço costuma impactar outros setores.
Especialistas aprovam, mas apontam desafios
Economistas afirmam que o pacote pode trazer resultados positivos, mas alertam que fatores externos — como o câmbio e eventos climáticos — ainda representam risco.
“É um passo importante, mas o sucesso depende da continuidade das ações e da resposta do mercado”, avalia o economista Júlio Andrade.
Expectativa para os próximos meses
O Ministério da Fazenda prevê que os primeiros efeitos práticos serão sentidos já no próximo trimestre, com redução gradual no preço médio da cesta básica.